quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Sinopse


Alguns versos estavam partidos, outros a caminho e, no entanto, nenhum se recuperou.
Fiquei como sempre... trombando em minha sombra e desafinando a melodia.
Não havia um recato, nem uma omissão. Havia um quê de afeto desviando a confusão.
Não estava em transe, não dancei um rock, não sonhei em vão.
Tudo estava entre as esquinas e entre o caótico silêncio que não consegui traduzir.
Se os deuses fossem humanos, de certo os encontraria doando revistas pornográficas enquanto seus palácios cintilavam hipocrisia.
Não sei mais de mim.
Estive? Estou? Onde?
Hoje nasce. Um redemoinho de emoções simplesmente aniquila-me.
Sinto como se tivesse sido lançada a um mundo que não me pertence.
Sou impura demais para ele?
Porque não há pureza alguma sobrando em mim...
Como saberei se devo ou não transpor a fronteira?
Entre a dúvida, salto a fogueira.
Pelos chamuscados, cheiro de enxofre... Ops!
O paraíso é mesmo aqui...

Um comentário:

Rose Stteffen disse...

Nem sei o que dizer diante de tantas informações. Que mergulho profundo e exato!
Bjs,
Rose