domingo, 27 de fevereiro de 2011

Pela borda da taça


Anoitece.
O outono inverna.
As estrelas sentem frio.

Ruas cansadas
De passos exaustos.
Portas abrem com ruídos.

Chinelos arrastam.
Mãos fadigadas.
Corpos buscando abrigo.

Anoitece.
Lá, onde o agito perdura,
Bocas sorriem de tudo.

Embalada pela balada
Sonho sonhos vagabundos.
Escorre-me pelos lábios

Vinho sabor mundo...
Principia junho.
Na garganta, sem lamento,

Canto a canção do vento.

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